SÍTIOS HISTÓRICOS

No século XVII, os caminhos coloniais eram a única forma de ligação entre o litoral e o planalto paranaense. Por esses caminhos, subiram os predadores de índios, os faiscadores de ouro e os homens que povoaram os Campos de Curitiba e os Campos Gerais. Hoje em dia, esses caminhos são percorridos pelo homem moderno em busca de ecoturismo e de uma experiência mais natural. Alguns dos caminhos mais famosos são a Estrada da Graciosa, o Caminho da Graciosa, o Caminho do Itupava, a Trilha da Mamona, o Caminho do Arraial e a Estrada Central.

Estrada da Graciosa

A Estrada da Graciosa é um percurso diferente do Caminho da Graciosa. Sua construção teve início no governo do presidente da Província Zacarias de Goes e Vasconcelos, mas não se sabe ao certo quando as obras foram concluídas. Acredita-se que tenha sido por volta de 1873. A partir da BR 116, a 37 km de Curitiba, a Rodovia PR 410 ou Estrada da Graciosa é hoje um local de lazer, com churrasqueiras, sanitários, quiosques para venda de produtos típicos, mirantes, a ponte de ferro sobre o rio Mãe Catira e o antigo traçado da estrada chamado Caminho dos Jesuítas. Em 1997, o Portal da Graciosa foi construído em pedra e madeira pelo arquiteto Angel Bernal.

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Caminho do Itupava

O Caminho do Itupava foi aberto entre 1625 e 1654 e foi a principal ligação entre o litoral e o planalto durante mais de dois séculos. Ele deu origem ao traçado da estrada de ferro. Há calçamento de pedras desde a Estrada das Prainhas (acesso pelo Porto de Cima) até a represa do rio Ipiranga, próxima à estação do Véu da Noiva, passando pelo Santuário de Nossa Senhora do Cadeado. É necessário que o veículo tenha tração nas quatro rodas após cerca de três quilômetros de acesso pela Estrada das Prainhas.

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Caminho da Graciosa

O Caminho da Graciosa teve sua construção em duas etapas: a da Serra do Mar, entre 1646 e 1653, e até o Atuba, entre 1848 e 1870. A estrada era utilizada pelos índios que desciam a serra para mariscar no litoral e depois subiam na época do pinhão. Em 1653, o caminho foi abandonado, utilizando-se o Caminho do Itupava. A abertura definitiva só foi possível após a emancipação da Província, em 1872. No caminho, há falta de sinalização.

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Caminho do Arraial-Estrada do Anhaia

O Caminho do Arraial foi criado por volta de 1586 a 1590, segundo estimativas de Vieira dos Santos. Ele estabelecia uma ligação entre São José dos Pinhais e Morretes, conectando o planalto curitibano com o litoral. O Arraial Grande ficava no atual município de Morretes, ao lado da povoação do Rio do Pinto do Anhaia, que também era conhecida como Porto do Padre Veiga. Nessa região, foram demarcadas 300 braças de terras para rocio da futura Vila. O Caminho do Arraial deve seu nome à existência do Arraial Grande de ouro. A partir de uma trilha, foi construído um caminho para facilitar o acesso da serra até o litoral. A povoação do Rio do Pinto ou Porto do Padre Veiga era o porto de embarque e desembarque das mercadorias vindas da serra ou que se destinavam ao planalto de Curitiba. Nessa região, havia vários armazéns de secos e molhados, vendas de comestíveis e negócios de fazendas, armarinhos e ferragens. Atualmente, o caminho não existe mais, ou seja,  não é possível ser percorrido, pois se perdeu pela mata, construções de casas e até mesmo a BR277 passou pelo caminho. 

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Trilha da Mamona

A Trilha da Mamona é um caminho histórico que sai do Porto de Cima até a Estação do Marumbi. Ao que tudo indica, era utilizado pelos moradores e ferroviários para acessar a Estação do Marumbi. Atualmente, a trilha não tem sinalização, e é de difícil acesso ,devido a esses motivos não é indicado pelos guias.

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Estrada do Central

Constituída de ruínas da antiga usina de Açúcar de Morretes, exerce um papel alternativo na ligação entre Porto de Cima e Morretes.

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